Discentes do Programa em Medicina Translacional publicam artigo sobre Inibição de quinase em configurações de leucemia e linfoma recidivantes, com Qualis A1
Data da publicação: 6 de outubro de 2021 Categoria: Inovação, Pesquisa CientíficaDiscentes do Programa em Medicina Translacional publicam artigo com Título: “Kinase Inhibition in Relapsed/Refractory Leukemia and Lymphoma Settings: Recent Prospects into Clinical Investigations – A Review”
Revista Científica: Pharmaceutics, Editora MDPI – Fator de Impacto 6.321 – Qualis A1
Acesse aqui: https://www.mdpi.com/1999-4923/13/10/1604/html
Apesar dos inúmeros avanços na área oncológica nas últimas décadas, o câncer ainda é visto como uma das maiores barreiras para o aumento da expectativa de vida da população ao redor do mundo. Diversas são as formas em que as neoplasias podem se apresentar, entre elas, as leucemias e linfomas são tratadas pelo estudo em questão. Essas neoplasias atingem tecidos não-sólidos do sistema imuno-hematológico e são responsáveis por parcela significativa dos casos de incidência de câncer no mundo, afetando mais de 400 mil pessoas a cada ano.
Enquanto o desenvolvimento de quimioterápicos citotóxicos tradicionais representa um marco para a terapia de pacientes na prática oncológica, a existência de grande quantidade de efeitos adversos e o quase inevitável surgimento de quadros de resistência tumoral tornam imprescindível a busca por novas alternativas terapêuticas, que sejam mais eficazes e menos tóxicas para os pacientes.
O início dos anos 2000 trouxe consigo uma nova abordagem para o tratamento do câncer. O crescimento do conceito da medicina de precisão, com seu foco nas características patológicas individuais do paciente, promoveu a introdução na prática clínica de fármacos inibidores de quinases, pequenas moléculas capazes de regular proteínas do ciclo celular relacionadas com mecanismos de sobrevivência e proliferação e que estão, em grande parte, hiperexpressas e/ou mutadas em tumores.
O estudo em questão teve como objetivo a análise dos inibidores de quinase mais utilizados em estudos clínicos nos últimos 5 anos para o tratamento de leucemias e linfomas refrátarios/relapsados, após tratamentos prévios com quimioterápicos tradicionais, além da discussão das suas características farmacológicas e perfis de toxicidade nos pacientes tratados.
Este trabalho publicado traz uma perspectiva de discussão clínica do manejo adequado desta terapia com inibidores de quinase em pacientes com leucemia e linfoma, que mesmo sendo medicamentos modernos e racionalmente desenvolvidos, ainda proporcionam muitas dificuldades à terapia oncológica, como o manejo dos seus efeitos adversos, o possível surgimento de mecanismos de resistência que impeçam sua ação e a necessidade da caracterização genética prévia de um tumor para a prescrição adequada do tratamento. Entretanto, o número crescente de investigações clínicas buscando a otimização destes protocolos terapêuticos, assim como os resultados positivos obtidos na prática clínica, originam perspectivas encorajadoras quanto a regimes de tratamento livres de quimioterapia inespecífica para alvos terapêuticos, os quais podem ser cada vez mais empregados no tratamento de muitos pacientes oncológicos nos próximos anos.
O trabalho apresentado é de autoria dos alunos do Programa de Mestrado em Medicina Translacional da Universidade Federal do Ceará, Caio Bezerra Machado e Flávia Melo Cunha de Pinho Pessoa, orientados pela Profa. Dra. Caroline Nunes, do Laboratório de Farmacogenética do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC), que nos últimos anos vêm desenvolvendo pesquisas referentes ao estudo genético e molecular das leucemias na população do Norte e Nordeste do País.
A equipe do artigo conta também com a participação da equipe de pesquisadores: Emerson Lucena da Silva, Profa. Dra. Maria Elisabete Amaral de Moraes, Prof. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho e Profa. Dra. Raquel Carvalho Montenegro, todos do NPDM da UFC. Além disso, pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) também assinam a publicação.
A pesquisa tem financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico (FUNCAP).
Fonte: Caio Bezerra Machado e Profa. Dra. Caroline Moreira-Nunes, e-mail: carolfam@gmail.com. Programa de Pós-Graduação em Medicina Translacional – Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará.